TRATOLIXO prepara-se para o tratamento dos biorresíduos recolhidos selectivamente

A TRATOLIXO assinou, no passado dia 12 de Abril, o contrato de empreitada que irá permitir a adaptação da sua unidade de tratamento de resíduos urbanos (RU) de Trajouce (TM Trajouce) ao novo modelo de recolha selectiva de resíduos biodegradáveis, ao nível doméstico. Esta recolha, feita através da separação em sacos verdes dos restos alimentares, que depois são colocados nos contentores de resíduos indiferenciados existentes na via pública, encontra-se já em curso em projectos-piloto nos municípios da área de intervenção da AMTRES, Cascais, Oeiras, Mafra e Sintra e será expandida para a totalidade dos seus territórios até meados de 2023.

A empreitada, permitirá a modernização do TM de Trajouce mediante instalação de equipamentos electromecânicos e sistemas de leitura óptica que efectuarão a identificação e separação dos sacos verdes, contendo os biorresíduos, da restante fracção de resíduos indiferenciados, o que irá possibilitar a obtenção de uma fracção orgânica de elevada qualidade, que será posteriormente encaminhada para valorização biológica na Central de Digestão Anaeróbia (CDA) da Abrunheira.

Esta melhoria tecnológica viabilizará, na unidade de tratamento de RU de Trajouce, o tratamento de 300.000 t/ano de resíduos urbanos com recuperação anual de 120.000 toneladas de biorresíduos o que concretiza a meta de preparação para reutilização para biorresíduos de separação de 70% do potencial existente.

A cobertura do encargo resultante do presente contrato, num montante de cerca de 5M€, será assegurada pelo saldo de execução orçamental do orçamento próprio da Tratolixo e co-financiamento pelo Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) em 85%.

Ademais a contribuição deste projecto para as metas de preparação para reutilização e reciclagem, tendo em vista aumentar a taxa de reciclagem e a redução da deposição dos resíduos urbanos em aterro, as 120.000 toneladas de biorresíduos recuperadas irão incrementar a produção de composto das 10.000 t/ano actuais para cerca de 15.000 t/ano e a energia, já produzida na CDA da Abrunheira, passará dos 21GWh para cerca de 30GWh/ano.

A empreitada deverá estar concluída em Fevereiro de 2023 e os ensaios da mesma deverão decorrer até meados de Março do mesmo ano.