Em 2023, cada português desperdiçou 182,7 kg de alimentos, indicam os novos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma ligeira descida face aos resultados do ano anterior.
Em 2022, o desperdício alimentar por habitante revelou-se nos 184 kg, valor superior aos 180,6 kg de 2021 e 174,5 kg de 2020.
As famílias permanecem a ser os principais responsáveis por este problema, contribuindo com 66,8% do desperdício. Segue-se o comércio e distribuição (12%), a restauração, hotelaria e similares (11,5%), a produção primária (6,8%) e a indústria (2,9%).
De 2020 para 2023, tem-se notado uma descida muito subtil do desperdício entre as famílias (de 70,3% para 66,8%), uma estagnação com tendência para aumentar no comércio e distribuição (de 11,8% para 12%), uma ligeira subida na restauração, hotelaria e similares (de 8,9% para 11,5%, sendo este valor o mais alto nos últimos quatro anos), um pequeno aumento na produção primária (de 5,6% para 6,8%; registando-se em 2021 o valor mais alto, 7%), e uma descida suave na indústria (de 3,4% para 2,9%; registando-se também em 2021 o valor mais alto, 4%).
Na TRATOLIXO, a valorização dos restos de comida, dá-se pelo aproveitamento dos biorresíduos contidos no saco verde (sacos distribuídos pelos Municípios da AMTRES para a recolha selectiva de biorresíduos), sendo que a adesão ao saco verde tem registado um crescimento acentuado. Esta fracção é valorizada enquanto recurso através do processo de digestão anaeróbia, o que permite a produção de energia eléctrica renovável e composto Campoverde Premium (correctivo orgânico para aplicação nos solos).
A TRATOLIXO contribui assim para o cumprimento dos ODS 2 (Erradicar a fome), 7 (Energias renováveis e acessíveis) e 12 (Produção e consumo sustentáveis).
